terça-feira, 2 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0690 - A ESTABILIDADE ECONÔMICA DE UMA NAÇÃO NÃO SIGNIFICA BÊNÇÃO DE DEUS

 


No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria, Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos. E fez o que era mau aos olhos do Senhor” (2Re 14.23,24).


O rei Jeroboão II foi um dos piores reis de Israel, depois da divisão do reino e, no reino do Norte, foi o que mais tempo reinou, 41 anos. Seu reino foi um reino próspero, ele conseguiu restaurar várias cidades para Israel, de acordo com as profecias de Jonas para ele (v. 25).

Porém, muito embora ele tenha sido um rei longevo e próspero, isso não significa que Deus estava aprovando seu governo sobre Israel. Era um reinado de conquistas e boas economias, ou seja, politicamente estável, mas moralmente catastrófico!

Um dos erros de muitos crentes em nosso país é exatamente o mesmo. Imaginam que uma nação é abençoada ou não, com base em sua prosperidade, condições dinheiristas, estabilidade econômica e outros parâmetros relacionados ao bem-estar financeiro.

Mas para Deus, os padrões são outros. Uma nação pode ir muito bem financeiramente, enquanto escorrega em uma falência moral indizível! Para o mundo é até compreensível esse raciocínio, pois o mundo não tem esperança na eternidade, portanto, sua expectativa é terrena. Mas é inaceitável para a igreja de Cristo ter esse tipo de pensamento!

Uma das razões por que a igreja desenvolveu esse tipo de conclusão a respeito de uma “nação abençoada” é a mesma razão pela qual ela pensa sobre a prosperidade do crente. Muitos pensam que um crente próspero está agradando a Deus, por isso se deu bem materialmente. Já um crente que passa por aperto econômico, esse aí está em débito ou dívida com Deus.

Contudo, nosso pensamento deve ser governado pela Palavra de Deus. Ela é o parâmetro para nossas conclusões. Um país estabilizado em sua economia nada tem a ver com a aprovação de Deus a respeito de seu governo, assim como uma igreja rica nada tem a ver com a concordância divina a seu respeito só por esse motivo.

A igreja deve se desvincular desse pensamento imoral, idólatra, pois a avareza é idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5), de que uma nação ou uma igreja é aprovada por Deus pelo fato de tudo lhe estar indo bem no aspecto financeiro. Somente assim a igreja pode erguer sua voz contra os pecados da nação e até contra os pecados dela mesma!

Assim como para Deus um país deve sujeitar-se à Sua lei, assim também para a igreja, o país onde ela está inserida deve ser avaliado pela moralidade bíblica, independente de sua condição econômica. O fato de uma nação caminhar em boa estabilidade financeira tem cegado a igreja e a confundido sobre a bênção de Deus, de modo a manter a igreja calada sobre os pecados desta nação e conivente com eles!

O v. 27 nos diz que “ainda não falara o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do céu; porém o livrou por meio de Jeroboão, filho de Jeoás”. Porém, quando chegou o dia da destruição, a prosperidade não salvou Israel. Também não salvará o Brasil.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0689 - ALGUÉM AÍ É DIGNO DA PAZ?

 


E, quando entrardes em uma casa, saudai-a; e, se a casa for digna, deixai sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz” (Mt 10.12,13 – KJF).


A prática da evangelização tem sido diluída pela própria igreja que deveria pregar o evangelho robusto e puro como ele é. As palavras do evangelho oferecem salvação e vida eterna sim, mas somente para aqueles que, ao serem confrontados com sua condição de pecadores, reconhecem isto e se rendem arrependidos.

Os diálogos atualmente são marcados por uma prepotência muito grande. As pessoas arrogam saber de tudo. Basta ler algumas discussões virtuais ou comentários sobre alguma postagem. Como o evangelho não transige com a sabedoria humana, muito menos com a tolice, então, apresentar o evangelho como ele é, irá ofender muita gente. Essa é uma das razões por que muitas igrejas mudaram o conteúdo da proclamação. Fizeram isso para se tornarem aceitáveis e o evangelho mais agradável.

Porém, como disse Jesus a Seus discípulos: “quando entrardes em uma casa, saudai-a”. A saudação é saudação de paz, como sabemos. Ao entrarmos em uma casa para pregar o evangelho, devemos desejar paz àquela casa. O problema é que nem mesmo muitos crentes sabem o que significa a paz.

A paz aqui não é um simples cumprimento, como um “bom dia” ou “boa tarde” que gentilmente falamos uns aos outros. A paz que nosso Senhor Se refere é a paz com Deus, aquela que Ele mesmo veio dar aos que creem. “Portanto, sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”, disse Paulo aos romanos (Rm 5.1).

Ao entrarmos em uma casa devemos desejar-lhe a paz com Deus, isto é, que aquela família se arrependa de seus pecados, que creia em Cristo como Senhor e Salvador, a fim de obter a paz com Deus, pois sem ela, somos inimigos de Deus.

Se tal casa não for digna da paz, ou seja, se aquela família rejeitar a única solução para o pecado, então ela permanecerá em guerra contra Deus. Isso não é uma questão de educação ou falta dela; e sim uma questão de aceitação do evangelho. Aquela família que rejeitar a pregação do evangelho estará atraindo para si mesma uma condenação mais terrível do que a de Sodoma e Gomorra (v. 15).

Honestamente, Jesus não deu muita esperança de aceitação. Embora haja muita, todavia, não é proporcional à rejeição. De fato, a rejeição é muito maior. Jesus disse que, por causa do evangelho, “o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho” (v. 21). Disse também que seremos “odiados de todos os homens por causa do meu nome” (v. 22). Mas deu uma palavra de consolo e encorajamento: “E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno” (v. 28).

Vá avante, meu irmão! Deus nos chamou para sermos embaixadores de Cristo e rogarmos ao mundo que se reconcilie com Deus (2Co 5.20). Só você que já tem a paz, pode proclamar a paz.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0688 - A CIDADE SANTA: QUEM ESTARÁ LÁ?

 


Nela não entrará coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27).


Quando o apóstolo João foi levado pelo anjo a contemplar a esposa do Cordeiro, que é a igreja, ele a viu de modo simbólico, como uma cidade. O anjo disse que lhe mostraria a esposa do Cordeiro e, quando o leva para vê-la de um alto monte, leva-o em espírito e lhe mostra a cidade santa, a Nova Jerusalém (vs. 9,10). Por aqui, já observamos que a Nova Jerusalém não é uma cidade, mas a figura da igreja salva na eternidade.

As características que ele detalha desta cidade são também representações simbólicas das características da igreja do Senhor. Por exemplo, o jaspe cristalino do v. 11 representa a pureza da igreja. As 12 portas que estão no muro representam os salvos da antiga aliança, visto que nas portas estão escritos os nomes dos 12 patriarcas (v. 12). Quando o v. 13 diz que estas portas estavam três para cada lado dos pontos cardeais, significa que a igreja abriu as portas para todas as nações do mundo.

No v. 14 vemos os fundamentos da cidade. Ali, ao invés dos nomes dos patriarcas, estavam os nomes dos apóstolos. Isto significa que a igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos, isto é, a doutrina deles (Ef 2.20; At 2.42).

A medida da cidade no v. 15 significa proteção. Já no v. 16, o fato da cidade ser como um cubo de três medidas iguais, comprimento, largura e altura, todas de 12 mil estádios, significa a perfeita medida de Cristo a qual a igreja atingiu (Ef 4.13). O número 12 fala dos salvos, lembrando os 12 patriarcas e os 12 apóstolos e o número mil representa grandeza. A igreja é composta de um grande número de salvos, porém, nem um sobrará e nem um só faltará.

A medida do muro em 144 côvados quer dizer o mesmo, pois 144 é 12 vezes 12. Aqui, nos lembramos dos patriarcas, que representam os salvos da antiga aliança e os apóstolos que representam os salvos da nova aliança. Por isso 12 vezes 12. Do v. 18-21, as pedras preciosas representam a beleza e a glória da igreja, pois “Cristo amou a igreja... a fim de santificá-la, tendo-a purificado com o lavar da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27).

Não é, pois, de se estranhar a ausência de impureza naquele lugar de glória. Aqui agora não somos puros, mas estamos sendo purificados. Os praticantes de abominação, de todo tipo de pecado e mentira, não poderão entrar lá, somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. Sabemos que os salvos, neste livro, já têm seus nomes inscritos lá desde a fundação do mundo (17.8). Não se tira nem se acrescenta.

Se seu nome estiver inscrito ali, você sentirá o desejo de vir a Cristo. Cedo ou tarde, isso acontecerá a você, mas somente por meio da pregação do verdadeiro evangelho. Por isso fique atento ao chamado de Deus. Mas, se seu nome não estiver no livro da vida, você não terá desejo algum por Cristo, por isso não fará sentido você morar no céu, pois é Ele, quem você rejeitou, que estará lá.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0687 - MURMURAÇÃO E PROVISÃO

 


Disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão” (Êx 16.3).


A natureza humana caída é realmente ingrata. Apenas 45 dias que o povo de Israel havia saído livre da escravidão no Egito e já reclamava que seria melhor ter morrido no Egito, uma vez que lá havia carne e pão com fartura, o que era uma grande mentira. Escravos não eram bem tratados na antiguidade, principalmente por nações pagãs.

Diante na ingratidão, Deus resolveu suprir Seu povo de um modo miraculoso, a saber, pão que chovia do céu (v. 4). Porém, haveria regras para a colheita daquele maná para alimentar a família. Haveria uma quantidade a ser colhida por número de pessoas na casa (v. 16). Não sobraria nem faltaria (v. 18).

Outra regra era que eles não deveriam colher para mais, ou seja, para o dia seguinte (v. 19). No entanto, os rebeldes desobedeceram a esta regra (v. 20). Resultado: cheirou mal e deu bichos. A lição aqui é que não devemos confiar no alimento de amanhã e sim no “pão nosso de cada dia” que nos é dado “hoje” (Mt 6.11). Os pagãos é que se preocupam com o futuro.

Ainda mais um preceito sobre o maná era que, no sexto dia, eles deveriam sim, colher uma porção dobrada, o suficiente para dois dias, visto que no sábado, eles não poderiam colher, por ser o dia de descanso (vs. 22-26). Assim acontecia e o maná, milagrosamente, não cheirava mal nem dava bichos! O ensino aqui é que quem nos sustenta é Deus e nossa adoração a Ele deve estar acima de nossas preocupações com o trabalho do cotidiano!

Mas os rebeldes, mais uma vez desobedeceram. Eles deixaram de colher uma porção dupla no sexto dia... Resultado: foram colher no sábado e nada encontraram (v. 27)! O Senhor os repreendeu por causa da desobediência: “Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Considerai que o Senhor vos deu o sábado; por isso, ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia” (vs. 28,29).

Entretanto, todos estes que comeram o pão do céu, apesar de terem saciado sua fome, mesmo assim morreram (Jo 6.49). Mas o verdadeiro Pão do Céu, a saber, Jesus Cristo, este sim, veio para dar a vida eterna (Jo 6.50,51)! Todo aquele que dEle se alimentar, isto é, tiver profunda comunhão com Ele, terá a vida eterna!

Não deixe a murmuração tomar conta de sua boca. Deus libertou você do mundo e te sustenta com o Pão da Vida até que você chegue à pátria celestial. Ele é o mesmo que provê alimento físico para o nosso sustento corporal, como também o que nos providenciou o Pão que satisfaz a fome espiritual. Toda vez que você comer algo para se alimentar, lembre-se de Jesus, que sustenta você muito mais do que o pão, e então glorifique a Deus por ambas as provisões.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0686 - NÃO SE CASE COM INCRÉDULOS!

 


Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (Ne 13.23).


O relacionamento conjugal é um dos temas mais debatidos, distorcidos, atacados, invertidos e profanados dos nossos dias. O conceito do mundo de nossa época é que existem várias formas de amar. Com base nessa afirmação, a sociedade usurpou para si a instituição do casamento (uma vez que o matrimônio foi instituído por Deus) e a tornou tão destruída quanto seus próprios conceitos, violando o conceito divino. Afinal quem inventou o casamento é que é o único que pode realmente dizer como ele deve ser.

Quando Deus separou Israel para ser Seu povo na antiga aliança, Deus fez isso como um modelo, para o povo que Ele sempre teve em mente, que é Sua igreja. Israel foi apenas um protótipo, um apontamento. Ao proibir Seu povo de se casar com pessoas de nações estrangeiras, Deus não estava sendo xenófobo ou nazista, tentando manter uma raça nacional pura. Deus estava querendo preservar Seu povo de entrar nos pecados de idolatria e todo paganismo que aquelas nações praticavam. Salomão caiu exatamente nesse pecado, disse Neemias (v. 26).

De alguma forma, Deus queria manter a pureza sim, do Seu povo, porém a pureza espiritual. Entretanto, esses ensinos eram pedagógicos, isto é, eles estavam no nível do entendimento dos judeus. Somente assim, eles poderiam entender algo sobre a santidade de Deus, nessa separação nacionalista. Mas não havia segregação nisto, uma vez que o próprio Moisés se casara com uma estrangeira, uma mulher cuxita (Nm 12.1).

Na nova aliança, embora não haja qualquer proibição de se casar com qualquer raça, o princípio permanece, a saber, que não se case crente com não crente (2Co 6.14). A manutenção da pureza e da guarda dos princípios divinos está com a igreja e o apóstolo Paulo diz que os crentes não devem abrir mão deles. A igreja é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15).

O casamento cristão é heteronormativo, monogâmico, indissolúvel e realizado entre crentes em Jesus. Qualquer junção fora desta determinação bíblica é pecado inaceitável diante de Deus. A igreja não tem autorização para mudar qualquer princípio divino que seja. O mundo também não tem, mas a sociedade sem Deus faz isso, desafia a Deus. Por ora, Ele tem deixado, muito embora tenha também demonstrado a ruína decadente em que o mundo está escorregando, não obstante os incrédulos não percebam.

Jovens crentes não devem se casar com não crentes. Não devem também usar a desculpa de que vão se relacionar para trazer estas pessoas a Cristo, pois o meio pelo qual se traz alguém a Cristo é pela pregação do evangelho e não por namoro. Não está escrito “ide por todo mundo e namorai”, mas sim, “pregai o evangelho” (Mc 16.15). Quando se usa essa “estratégia”, o que mais acontece é o crente se desviar e não o incrédulo se converter.

Não engula o conceito do mundo, de que casamento é coisa de foro íntimo. Não é. Gostar de alguém pode ser, mas o casamento é bem objetivo, ele veio de Deus e somente Deus pode determinar como ele deve ser.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 25 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0685 - MEU MALDITO CADÁVER!

 


Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6).


A santificação é uma doutrina prática. Quando falamos em santificação, não podemos falar apenas sobre seu conceito, suas características, essas coisas que são importantes sim, mas são apenas teóricas sobre o assunto, uma vez que a santificação é um exercício espiritual. É necessário sim, saber sobre seus detalhes, mas é muito mais produtivo vivenciar. É como natação, não se pode aprender a nadar só por informação. É preciso entrar na água.

Como a santificação é uma exigência de Deus para o Seu povo (1Pe 1.16), ficar apenas no campo do debate e da definição acerca dela é um perigo enorme. É certo que precisamos aprender sobre ela, porém, como ela é de cunho prático, quanto mais aprendemos, mais aumenta nossa responsabilidade em desenvolvê-la.

Aqueles que receberam o conhecimento não podem fingir que isto é o suficiente para viver sua vida espiritual. O próprio conhecimento que recebemos nos diz que não é o suficiente. Ele mostra o que falta em nós para realmente vivermos uma vida que agrada a Deus. Viver fora disso é flertar com a destruição. O conhecimento bíblico deve nos levar ao desejo de obter; o desejo deve nos levar à busca; e quem busca, encontra, disse Jesus (Mt 7.8).

O cristão é o único neste mundo que carrega duas naturezas. A de Adão e a de Cristo dentro de si. Ambas vivem em conflito, diz Paulo, porque elas desejam coisas diferentes (Gl 5.17). Alguém já comparou a vida cristã como aquele rei antigo que condenava seus prisioneiros de guerra a andarem algemados a cadáveres da guerra até que entrassem em decomposição. Sua sentença era arrastar aquele defunto até que ele se despedaçasse totalmente podre.

A velha criatura está em nós, algemada como um cadáver. E o apóstolo nos diz que ela caminha para a decomposição (Ef 4.22). O problema é que ela tem suas vontades e tais vontades nos agradam. Ela não morre imediatamente assim que cremos... Quanto mais atendemos a seus desejos no pecado, tanto mais teremos o que se chama de “acomodação olfativa” que é quando você se acostuma ao mau cheiro e não o sente mais.

Porém, quanto mais nos santificamos, mais sentiremos o mau cheiro da velha criatura, que se apodrece a cada dia e mais desejaremos nos “livrar do corpo desta morte” (Rm 7.24)! Paulo diz “graças a Deus por Jesus Cristo” (Rm 7.25). Por quê? Porque se as misericórdias de Deus não têm fim sobre nós, é porque naquela cruz a ira de Deus sobre Seu Filho também não teve fim!

Hoje podemos contar com o perdão infinito de Deus, porque Sua vingança dos nossos pecados sobre Cristo também foi infinita! Foi um castigo sem fim, para que tivéssemos graça sem fim! Isso quer dizer que podemos pecar à vontade? Se você atende sempre aos desejos do cadáver que está algemado a você, então você é o cadáver – não nasceu de novo! Mas se você atende aos desejos santos da nova criatura e, por vezes, é derrubado pelo peso desse maldito defunto, então sua liberdade da glória dos filhos de Deus está garantida por Cristo Jesus nosso Senhor!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0684 - SEGUINDO JESUS DE LONGE...

 


Então, prendendo-o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe” (Lc 22.54).


Durante o ministério terreno de Jesus, Ele teve todo tipo de seguidor. Ele teve a multidão, que O seguia por causa dos sinais que Ele fazia; Ele teve curiosos, como Nicodemos, que procurou Jesus de noite e não abertamente; Ele teve seguidores críticos, como os fariseus e escribas, que O seguiam apenas para criticá-lo e jamais para se converterem com a verdade que Ele falava; teve também Seus discípulos que O seguiam de perto.

Porém, houve um momento da vida de Jesus em que Ele foi abandonado por Seus discípulos. O momento de Sua prisão e inquisição perante os principais sacerdotes. O texto posterior ao que lemos diz que Pedro, depois de segui-lo de longe, procurou uma fogueira para se aquentar (v. 55). E aqui estão algumas características daqueles que assim procedem.

Mesmo Pedro tendo sido, dentre os doze, um dos três mais próximos de Jesus, como também o foram Tiago e João, nesse momento crucial, ele não esteve próximo. Os crentes que seguem a Jesus de longe também não manifestam sua distância, exceto quando são colocados à prova, quando sua fé é testada, como quando, por exemplo, vem a perseguição. Assim como Pedro, os que seguem a Jesus de longe também procuram uma fogueira para se acomodar.

Mas a vida do crente que segue a Jesus de longe já vem dando sinais de fracasso. Quando Jesus disse que Satanás pediu para peneirar Seus discípulos, Pedro retrucou, dizendo que ele estava pronto para ir com Jesus (v. 33). Assim também, muitos crentes precisam ser provados para saber se realmente nunca vão abandonar a Jesus, a Quem tanto dizem ser fiéis.

Outro sinal é que quando Jesus precisou desses três discípulos próximos para orarem e velarem com Ele, simplesmente eles dormiram (vs. 45,46). Crentes que seguem a Jesus de longe não conseguem discernir a hora das trevas (v. 53). Eles dormem porque não conhecem a hora da guerra e da tentação. Sua fraca carne se sobrepõe à prontidão do espírito (Mc 14.38).

Crentes que seguem a Jesus de longe também confundem a luta espiritual com a carnal (v. 50). São valentes na carne, mas derrotados no espírito! São rápidos para pegar em espadas, para usar os recursos humanos, mas são lentos para se apossar das armas espirituais e discernir o verdadeiro inimigo!

Finalmente, os crentes que seguem a Jesus de longe, O negam (vs. 57-60). Na verdade, toda sua máscara de seguidor próximo, de crente fiel, de perseverante, foi arrancada! Agora ele está ali, patético, diante dos desafiadores de Cristo e do cristianismo, mas ele não tem mais forças! Suas palavras caíram por terra e só restou a negação!

Ainda bem que há esperança para os que seguem a Jesus de longe. Eles podem chorar amargamente e provar com isso o verdadeiro arrependimento (v. 62)! O Senhor traído e negado, morto e ressuscitado estende Sua mão graciosa para perdoar e trazê-los para perto realmente. Mais tarde eles ouvirão a pergunta suave e serena do Senhor: “Tu me amas”? (Jo 21.17). O que você responderá?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson