“No décimo quinto ano
de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria, Jeroboão,
filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos. E fez o que era mau
aos olhos do Senhor” (2Re 14.23,24).
O rei Jeroboão II foi um dos piores reis de Israel, depois da divisão do reino e, no reino do Norte, foi o que mais tempo reinou, 41 anos. Seu reino foi um reino próspero, ele conseguiu restaurar várias cidades para Israel, de acordo com as profecias de Jonas para ele (v. 25).
Porém, muito embora ele tenha sido um rei longevo e próspero, isso não significa que Deus estava aprovando seu governo sobre Israel. Era um reinado de conquistas e boas economias, ou seja, politicamente estável, mas moralmente catastrófico!
Um dos erros de muitos crentes em nosso país é exatamente o mesmo. Imaginam que uma nação é abençoada ou não, com base em sua prosperidade, condições dinheiristas, estabilidade econômica e outros parâmetros relacionados ao bem-estar financeiro.
Mas para Deus, os padrões são outros. Uma nação pode ir muito bem financeiramente, enquanto escorrega em uma falência moral indizível! Para o mundo é até compreensível esse raciocínio, pois o mundo não tem esperança na eternidade, portanto, sua expectativa é terrena. Mas é inaceitável para a igreja de Cristo ter esse tipo de pensamento!
Uma das razões por que a igreja desenvolveu esse tipo de conclusão a respeito de uma “nação abençoada” é a mesma razão pela qual ela pensa sobre a prosperidade do crente. Muitos pensam que um crente próspero está agradando a Deus, por isso se deu bem materialmente. Já um crente que passa por aperto econômico, esse aí está em débito ou dívida com Deus.
Contudo, nosso pensamento deve ser governado pela Palavra de Deus. Ela é o parâmetro para nossas conclusões. Um país estabilizado em sua economia nada tem a ver com a aprovação de Deus a respeito de seu governo, assim como uma igreja rica nada tem a ver com a concordância divina a seu respeito só por esse motivo.
A igreja deve se desvincular desse pensamento imoral, idólatra, pois a avareza é idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5), de que uma nação ou uma igreja é aprovada por Deus pelo fato de tudo lhe estar indo bem no aspecto financeiro. Somente assim a igreja pode erguer sua voz contra os pecados da nação e até contra os pecados dela mesma!
Assim como para Deus um país deve sujeitar-se à Sua lei, assim também para a igreja, o país onde ela está inserida deve ser avaliado pela moralidade bíblica, independente de sua condição econômica. O fato de uma nação caminhar em boa estabilidade financeira tem cegado a igreja e a confundido sobre a bênção de Deus, de modo a manter a igreja calada sobre os pecados desta nação e conivente com eles!
O v. 27 nos diz que “ainda
não falara o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do céu; porém o
livrou por meio de Jeroboão, filho de Jeoás”. Porém, quando chegou o dia da
destruição, a prosperidade não salvou Israel. Também não salvará o Brasil.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson






